"Minha terra tem palmeiras / Onde canta o Sabiá...". Mas o Sabiá não canta mais. Tudo que ficou foi um gaiola vazia. Uma cumbuquinha de água um pouco suja com alguns grãos de
alpiste e pequenas penas boiando. Um pedacinho de miolo de pão ainda úmido abandonado num cantinho da gaiola. O poleiro parado, sem nenhum balançar e o silêncio envolvendo esse
cenário. Um vazio tão grande quanto o vazio que ficou nessa gaiola.
Cantávamos juntos. Eu começava e você acompanhava.
Fico agora imaginando se um dia você conheceu a sensação de um longo vôo. De não ter limitações de espaço impostas por pequenas grades. De como somos injustos e egoístas em
privar um ser, cuja natureza é livre, de conhecer essa liberdade. Sei que agora estás livre. Não como eu queria, mas espero que feliz onde que que esteja. Cantando outras
canções. Espero que lembrando de mim...
Mostrando postagens com marcador Gaiola. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Gaiola. Mostrar todas as postagens
Assinar:
Postagens (Atom)