segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Orquideas Brancas

A utilização da cor branca como analogia a paz vem de tempos muito distantes. No antigo império romano, por exemplo, flores brancas eram utilizadas com finalidade de pedir o perdão ou fazer-se as pazes. Nos templos existiam rituais que usavam essas flores, juntamente com os sacrificios, para pedir perdão aos deuses por alguma ofensa cometida. Políticos e comerciantes também utilizavam flores brancas para retratarem alguma ofensa cometida ou demostrarem remorsos, como um pedido de desculpas e pazes.
Relatos de documentos do próprio imperador romano Tibério, guardados por Segismundo e por esse entregues a Timóteo para serem preservados, apresentam uma passagem do próprio imperador oferecendo Orquídeas Brancas para sua mãe, Lívia Drusila, na tentativa de obter seu perdão nos últimos dias de vida dela.
"Fui ver minha mãe. Ela olhou para mim como se não me reconhecesse, e se recusou a conversar. Levei algumas orquídeas brancas, implorei para que ela não morresse com ódio de mim e fiz um sacrifício em meus aposentos para que os deuses devolvessem sua saúde e seu juízo. Mas mesmo quando movia minhas mãos em direção ao altar eu sabia que, no fundo, desejava sua morte. Na verdade eu sonhara com isso durante anos, embora só pudesse admitir isto quando sua morte era iminente."




The using of the white color as an analogy to the peace came from a very long time. At the Ancient Roman Empire, for example, white flowers were used as an asking for forgiveness or to make it up with someone. Into the temples there were some rituals which used white flowers together with the sacrifice, to beg forgive to the gods for any offense caused. Politicians and storekeepers also used white flowers to repair some offense or show remorse, to be friends again or apologizes.
Reports on documents from the Emperor Tiberio himself, kept by Segismundo and after gave to Timoteo to be preserved, shows one passage of the Emperor giving white orchids to his mother, Livia Drusila, on a trying to get her forgiveness on her last life days.
"I went to see my mother. She looked me as she doesn't recognize me refusing to talk with me. I took some white orchids with me, begging to she doesn't die with anger with me and I made a sacrifice inside my room to the gods give her health and mind back. But even while I was moving my hands to the altar I knew that, inside me, I was wishing her death. In fact I had been dreaming with this for years, instead of I just could admit this while her death was imminent."

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Proserpina e as Estações

Vênus, querendo trazer amor a Plutão, enviou seu filho Amor (o Cupido) para atirar uma de suas flechar nele. Proserpina estava na Sicília, brincando com algumas ninfas e colhendo flores, quando Plutão saiu de dentro do Etna com 4 cavalos negros. Ele a sequestrou levando-a para o reino de Hades, um lugar dentro da terra, o qual ele comandava.
Sua mãe, Ceres, deusa da agricultura, também conhecida como Mãe-Terra, buscou sua filha pelos quatro cantos do mundo, encontrando apenas um pequeno cinturão flutuando em um lago que fora formado pelas lágrimas das ninfas. Em sua fúria pela perda de sua filha Ceres fez com todos os vegetais, plantas e frutas parassem de crescer, lançando uma maldição. Ceres recusava-se a voltar para o Olimpo e ficou vagando pela terra, deixando um deserto por onde passava.
Preocupado, Júpiter enviou Mercúrio para negociar com Plutão a libertação de Proserpina. Plutão obedeceu, mas antes de deixá-la ir fez com que ela comesse seis sementes de romã. Diziam que aquele que comesse da fruta dos mortos nunca poderia retornar ao mundo dos vivos. Aquilo significaria que Proserpina seria obrigada a passar seis meses do ano em companhia de Plutão e os outros seis poderia passar com sua mãe.
Quando Proserpina estava com Plutão, sua mãe trazia o inverno, fazendo com que nenhuma planta, flôr ou fruta nascesse nesse período. Quando Proserpina voltava, então sua mãe com alegria trazia a Primavera, fazendo com que todas as coisas florescecem e crescecem.





Venus, in order to bring love to Pluto, sent her son Amor also known as Cupid to hit Pluto with one of his arrows. Proserpina was in Sicily, where she was playing with some nymphs and collecting flowers, when Pluto came out from the volcano Etna with four black horses. He abducted her in order to marry her and live with her in Hades, the Underworld, of which he was the ruler.
Her mother Ceres, the goddess of agriculture or of the Earth, went looking for her in vain to every corner of the earth, but wasn't able to find anything but a small belt that was floating upon a little lake (made with the tears of the nymphs). In her desperation Ceres angrily stopped the growth of fruits, flowers and vegetables, bestowing a malediction on Earth. Ceres refused to go back to Mount Olympus and started walking on the Earth, making a desert at every step.
Worried, Jupiter sent Mercury to order Pluto to free Proserpina. Pluto obeyed, but before letting her go he made her eat six pomegranate seeds, because those who have eaten the food of the dead could not return to the world of the living. This meant that she would have to live six months of each year with him, and stay the rest with her mother. When Ceres welcomes her daughter back in the spring the earth blossoms, and when Proserpina must be returned to her husband it withers.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Pensamento nas Nuvens

Queria poder deixar meus pensamentos nas nuvens, lá em cima. Longe da terra. Longe das pessoas. Longe de mim. Lá, flutuando ao vento. Sem ninguém para incomodá-lo nem incomodando ninguém. Talvez misturando-se entre as nuvens eles se perdessem. Esquecidos, soltos em um azul tão imenso que seu tamanho
nada significaria. Mas se nem as nuvens os querem por lá? De volta e novamente eles retornam para mim. Insistem em ficar. Quem sabe, então, consiga um dia ir para as nuvens e deixá-los aqui...

















I wish I could leave my thoughts on the clouds, up above. Far from earth. Far from people. Far from me. There, floating by the wind. Nobody to bother it, neither it bothering nobody. Maybe mixing between the clouds they got lost. Forgot, free inside a so big blue that its size would means nothing.
But if neither the clouds want it there? Back and again they turn to me. Insisting in stay. Who knows, then, one day I can get to the clouds and leave they here...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Oração do Templo da Internet dos Primeiros Dias

Satélite nosso que estais no céu,
Acelerado seja o vosso link.
Venha a nós o Hipertexto
Seja feita vossa conexão, assin no real como no virtual.
O Download de cada dia nos dai hoje,
Perdoai o café no teclado,
Assim como perdoamos nossa conexão lenta.
Não deixeis cair nossa conexão,
Mas livrai-nos dos vírus,
E-mail!




Satellite Our, Who art in skies,
Accelerated be Thy link,
Thy hypertext come,
Thy connection be done on real as it in virtual.
Give us this day our daily download,
And forgive us our coffee on the keyboard,
As we forgive our slow connection.
And lead us not lose our connection,
But deliver us from the virus.
E-mail!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Bonecos sem rostos... Sem expressões

Sentado no chão, num canto do velho sotão, observo aqueles bonecos empoeirados. Rostos inexpressivos, imóveis e sem vida. Figuras estáticas nas sombras contemplando o vazio. Pensativos corpos inertes que esperam uma força qualquer para moverem-se mais uma vez.
Ainda assim sinto como se quisessem me dizer algo. Contarem suas histórias, medos e anseios. Saudades de uma época onde alguém os importava. Ou apenas o desejo de terem alguém novamente ao seu lado, rindo, brincando, e mesmo que sem expressar emoções, eram felizes de alguma forma.




Sat on the floor, at a corner of an old attic, I watch those dusted dolls. Unexpressive faces, unmovable and without life. Static figures inside the shadows looking at the nothing. Thoughtful corpses on a inert state waiting for some force to can move one more time.
Even that I still feel like if they whish to tell me something. Tell me their histories, fears and anguishes. Missing a time when someone cared them. Or just a wish to have again someone by their side, laughing, playing, and even without expressing emotions, they would had been happy.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Casulo de Playmobil


The Princess of the Playmobil
Upload feito originalmente por Julie Danielle
Ontem encontrei um "casulo" de Playmobil que eu havia feito quando tinha apenas 6 ou 7 anos de idade. Como não tínhamos dinheiro para comprar um Falcon, eu imaginei que se fizesse um casulo do meu boneco de Playmobil, ele se transformaria em um boneco Falcon um dia - não em um Playmobil Borboleta, por favor!
Seria bom poder, em certos momentos de nossa vida, criarmos um casulo e ficarmos dentro dele até nos sentirmos melhores. Até os problemas terem passado e você esquecido deles. Sair desse casulo renovados e evoluídos - não como uma borboleta, novamente.
O fato é que não adianta. Como o boneco, saímos desse casulo do mesmo modo que entramos. Feições inalteradas. Sem emoções. Estático. Inerte. Afluência de sentimentos a lugar nenhum.

E o meu Playmobil ainda continua sendo um Playmobil.

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Yesterday I found a “cocoon” of Playmobil that I had made when I was just 6 or 7 years old. As we haven’t money to buy a Falcon toy, I imagined that if I made a cocoon on my Playmobil doll, it would become a Falcon one day – not a Playmobil Butterfly, please!
It would be nice can, on certain moments of our lives, create a cocoon and just stay inside it until we get better. Until our problems gone away and we had forgotten them. Came out from this cocoon on a developed way and renewed – not like a butterfly, again.
The fact is that doesn’t matter. As the doll we come out from this cocoon as the same as we got in. Unaltered faces. No emotions. Static. Inert. Feelings converging to nowhere.

And my Playmobil still is just a Playmobil.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Drinking alone...


Drinking alone...
Upload feito originalmente por Guzma
Quero sentar-me ao balcão de um bar, sozinho. Que ninguém ocupe o banco ao meu lado. Não quero muita conversa. Quero sentar-me com um copo de cerveja e a companhia apenas dos meus pensamentos. Deixe que as pessoas pensem "Que triste alguém que bebe sozinho.". Triste são aqueles que não conseguem apreciar a companhia de si mesmos - respondo!

µµµµµµµµµµµµµµµµµµµµµµµ

I want to sit at a pub balcony, alone. And nobody come to occupe the chair by my side! I don't want too much talk. I want to sit with a glass of beer and only the company of my thoughts. Let the people think: "How sad it is someone who drinks alone.". Sad are those which can't appreciate and enjoy the company of itself - I answer!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

PSF de Mané Pá!

Há um mês atrás, mais ou menos, acompanhamos nossa diarista até o posto de saúde, pois ela não estava sentindo-se bem. O PSF ficava em Engenho Maranguape. Depois de uma longa travessia até Mané Pá (Engenho Maranguape), chegamos a um posto de saúde com corredores desertos, sem medicamentos e médicos. Existe apenas um motivo para se encontrar um posto de saúde ou hospital com esse cenário: falta de dinheiro / investimento. Sem dinheiro não há médicos nem remédios. Por um tempo existirão até pacientes aglomerados nos corredores e recepções, mas com o passar do tempo eles deixarão de ir aquele posto e procurarem outros, sobrecarregando o atendimento nesse outro local. Por isso deduzo que a situação ali em Engenho Maranguape já estava há um bom tempo no descaso. Por coincidência (ou não), na mesma semana, aproximadamente, uma reportagem denunciou o descaso naquele posto e comunidade. Ontem li uma matéria sobre o mesmo posto. Agora com médicos todos os dias, estoque de medicamentos completo e pessoas nos corredores voltando para casa atendidas! O posto ainda é insuficiente para atender a toda a comunidade (11.000 pessoas aproximadamente), mas em período próximo a eleições, já ajuda a conseguir uns votos!



One month ago, more or less, we made company to our maid to the health center, because she was not feeling so well. The HC was placed at Engenho Maranguape. After a long way until Mané Pá (Engenho Maranguape), we got to the Health Center with empty corridors, no medication or doctors. There's only reason to find a Health Center on that situation is no money or investment to this. Without money there will be no doctors or medication. For a period may have patients there, jointed on the corridors and receptions, but with the time they will stop to go there looking for another and overflowing the attendance there. So, I deduce that the situation on Engenho Maranguape have been being like this for a while. By a coincidence (or not), at the same week, or near this, a news channel denounced the uncase to that place. Yesterday I read a notice about the same place. Now with doctors every day, full medications supply and people on the corridors backing home with an attendance. The Center still isn't enough to attend all the community (almost 11.000 people), but near elections period, already helps to get some votes!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Biometria

Próximo ano daremos mais um passo na informatização e avanço tecnológico das eleições. Três municípios irão utilizar o novo sistema de identificação do eleitor. A identificação Biométrica.
A Urna Biométrica identifica o eleitor através de sua impresão digital. Todos os eleitores são cadastrados em um banco de dados juntamente com sua digital e foto. O eleitor, ao chegar em sua sessão de votação, identifica-se no leitor biométrico liberando então a urna para receber o voto. Caso haja algum problema na leitura da digital ou dúvida quanto a identidade do eleitor, o mesário terá a sua disposição a folha de votação com as fotos de todos os eleitores daquela seção. Podendo assim também identificar o eleitor.

Agora pra votar no lugar de outra pessoa, só cortando sua mão!



So next year we're giving one more step forward to the future and technologic advance of the elections. Three cities will use the new system of identification of the electorate. The Biometric Identification.
The Biometric Ballot indentifies the voter by his finger printers. Every voter data must be recorded into a database having his finger print information and his picture. The voter, when arrives at his vote site, identify himself to the biometric reader that releases his ballot. If there is some problem with the digital reading or some doubt about the id of the voter, will be available to the election agent the vote sheet, with the information and photo of the people whose votes on that site. So he also can identify the voter to let his ballot.

Now, to get vote into another person place, only if you cut his hand!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Vida e Morte de um Devedor...

Uma promoçãozinha aqui, outra promoçãozinha ali, uma taxa qualquer, pequenininha, em outro lugar. Um plano qualquer que excede em seu valor bem mais que aquilo que você realmente costuma a utilizar. Uma assinatura de um canal ou revista que você raramente lê ou assiste. Contas, contas e mais contas. Gastos que vão se acumulando e passando de ano para ano.
Quando você percebe não está sobrando mais nada do seu salário no final do mês. Na verdade você percebe que seus gastos estão maiores que a entrada de dinheiro. Mas você não percebe isso porque está fazendo um controle orçamentário. Simplesmente percebeu quando o saldo de sua conta começou a entrar no cheque especial. Você começa a não pagar o valor total da fatura do cartão de crédito achando que aquilo vai ser só aquele mês. "Próximo mês eu me organizo e pago tudo".
Você percebe que não é tão fácil e quando nota está fazendo aquilo todos os meses. A dívida com a operadora de crédito já é astronômica. Juros sobre juros. Bola de neve. Você começa a sortear, é, ironicamente, sortear quem será pago ou não naquele mês. Seu nome já está sujo na praça e agora você tem que depender de amigos ou familiares, com muito boa vontade, para fazer algumas compras.
Você pergunta se existe uma saída. Se há uma volta daquela situação. Pensa em fugir. Sumir para outro lugar onde ninguém te conheça. Começar novamente. Mas e sua família? Seus filhos e esposa? Seus pais que não tem mais nada a não ser seu único filho? Com que dinheiro você vai conseguir começar novamente em um outro lugar? Sozinho é mais fácil, e ao mesmo tempo não o é.
A bebida e as drogas te ajudam a esquecer. Te levam facilmente para esse lugar distante, onde você pode ser quem quiser e começar tudo novamente. De repente você está de volta, só que a sensação é cada vez pior. Cada retorno é para um lugar mais profundo onde fica cada vez mais difícil enxergar a luz.
Até que um dia você não consegue mais voltar. Você conseguiu fugir de tudo aquilo. Contas, juros, cobranças... filhos... esposa... pais... a dôr... A dôr que sente em algum lugar é a única coisa que você trouxe. E em algum lugar você tenta pensar em que ponto poderia ter parado e tomado o controle?




A little offer here, another offer there, some tax, small, in another place. A contract which exceeds much more the value that you use to expend. Some channel or magazine that you rarely read or watch. Bills, bills and more bills. Expends which going growing and passing year by year.
When you notice there's no more leaving money from your salary. In fact you notice that your expends are bigger then your money in. But you didn't notice it because you're doing some budget control. No, simply your bank account started to get into the red. You start to not pay the full amount of the credit card bill, guessing that will be just this month. "Next month I organize myself and pay everything.".
You notice that's not so easy and then you're doing this every month. Your debits with the credit card became astronomical. Taxes over taxes. Snowball. You start to sort, yes, to sort, who will be paid or not that month. Your name has no more credit at market and now you depending on the goodness of familiars or friends to buy something.
You ask yourself if there's some way out. If there's a turn back from that situation. You think in go away. Runaway to another place where no one knows you. Start again. But your family? Your wife and kids? Your parents whose have nothing more but you, their only children? With which money you'll get to begin in another place? Alone is easer, but isn't at the same time.
The drink and drugs help you to forget. Take you so easy to that distant place, where you can be anyone to start again. Suddenly you come back, and the feeling is worst and worst each time. Every turn back is to somewhere deeper where the light reaches less and less.
So one day you can't turn back. You did runway from everything. Bills, taxes, charges... son... wife... parents... pain... The grievous pain that you're feeling in somewhere was the only thing that you brought with you. And in somewhere you try to record where, in which point, could you had stop to take the control?